sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Homenagem ao concelho

Santiago do Cacém no dealbar de quinhentos
em exposição na Sala de Sessões da Sede do Município

Santiago do Cacém no dealbar de quinhentos<br>
em exposição na Sala de Sessões da Sede do Município  <br>
<br>








“Divulgar o património concelhio, sobretudo o Foral Manuelino de Santiago do Cacém, muito rico do ponto de vista histórico”, foi o principal objectivo da organização da exposição inaugurada ontem à tarde na Sala de Sessões da Sede do Município intitulada “Açúcar, Pimenta e Canela – Retrato de Santiago do Cacém ao tempo do Foral Manuelino”, patente até 10 de Dezembro.
A exposição organizada pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém pretende igualmente comemorar os 500 anos do Foral Manuelino.

“Tratou-se de um compromisso do mandato”, disse o autarca Vítor Proença que presidiu ontem à cerimónia que arrancou à porta do edifício da Câmara Municipal com a presença da população que aderiu à iniciativa. Na cerimónia estiveram também o Presidente da Assembleia Municipal, Ramiro Beja, e vários presidentes de Junta de Freguesia, caso de Vítor Barata, presidente da Junta de Freguesia de Santiago do Cacém, Rui Madeira, presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, Sérgio Santiago, presidente da Junta de Freguesia do Cercal. Também Joaquim Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de São Domingos marcou presença na cerimónia assim como Rui Matos, o presidente da Junta de Freguesia de Abela.
O encontro entre o passado e o presente foi recriado com a entrega do foral do concelho pelo cavaleiro Álvaro Fragoso acompanhado do seu escudeiro.

Os factos remontam ao dia 14 de Setembro de 1515, dia da entrega do foral manuelino.
Para um melhor enquadramento histórico da data de inauguração, informa-se que a mesma corresponde à data em que o Foral Manuelino de Santiago do Cacém foi tornado público (14 de Setembro de 1515).

A teatralização, a cargo dos VIV’ Arte (2 actores – cavaleiro e escudeiro), serviu também para ligar as comemorações de Santiago às de Alvalade, já que foi o mesmo cavaleiro que em 26 de Setembro fez publicar foral naquela localidade.
Para Luísa Gomes, responsável do Arquivo Histórico de Santiago do Cacém, o Foral que se encontra exposto é historicamente muito valioso já que “tem os registos de todas as correcções e anotações feitas ao longo dos séculos”.
Gentil Cesário, co - autor da exposição e do catálogo que foi lançado e oferecido aos presentes, explicou que o nome da exposição “Açúcar, Pimenta e Canela foi escolhido porque no século XVI estes produtos só estavam acessíveis às elites e traduz a importância da vila naquela época”.
A exposição procura fazer uma breve caracterização do concelho e da vila no dealbar de quinhentos, nas suas vertentes: urbanística, económica e social. Reflectindo sobre a questão foralenga e o foral, que lhe serviu de fio condutor.

Açúcar, Pimenta e Canela é uma exposição produzida pela Câmara Municipal, através do serviço de Arquivo em colaboração com o Gabinete de Reabilitação Urbana, e mostra um conjunto de documentos e peças museológicas de diversas proveniências. É o caso de duas peças que estão expostas. Trata-se das Cantarias do Convento de Loreto ( erguido na Freguesia de Santiago do Cacém, próximo de Aldeia dos Chãos e onde ainda se podem ver as ruínas). Estas cantarias manuelinas pertenciam ao portal da igreja, nunca tendo estado expostas em Santiago do Cacém.

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...