segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Artesanato do Alentejo

  Luísa do Monte dos Touris
Vale de Água

Junto da sua máquina de costura
 
Luísa do Monte dos Touris ou "Luísa dos Estoris", tal como é prenunciado aqui nesta terra alentejana, que a viu nascer e crescer.








É muito conhecida pelo seu artesanato de saquinhos/taleguinhos de "trapo", que com o decorrer do tempo foram sendo levados por turistas e pessoas amigas.
Ultimamente tem sido convidada para realizar exposições em localidades que pertencem à freguesia, quando realizam festas tradicionais, no largo da localidade em ocasiões especiais de divulgação da tradição, assim como no Museu de Santiago do Cacém.






Os seus saquinhos uns mais pequeninos usados para guardar vários objectos, dependendo de quem o vai utilizar. Para guardar dinheiro, peças de adorno, pene de computador, cosméticos e etc...
Os maiores e compridinhos, que deixa-me gabar, foram da minha sugestão, para guardar óculos ou lápis,ou outros objectos escolares.
Os maiores, os mais tradicionais, são os de maior tradição alentejana. Utilizados para ir ao pão, guardar roupa, calçado ou levar comida, quando iam trabalhar para o campo...
A D. Luísa colocando os seus saquinhos

A Luísa de tesoura e...
 mãos à obra...
A Luísa dos Touris, também faz lindos tapetes com os seus retalhinhos bem coloridos, organizando desenhos engraçados e as almofadas dos seus cavalinhos que à noite além de um, reflectem muitos mais, só é pena que não seja possível ser visto nas fotografias tiradas.
Tapete bem colorido e desenhos a preceito...
Este com o cão, também é uma doçura...
Mais um dos seus tapetes
Um belo tapete!!!... sim senhor




Estes cavalinhos, até parece que estão vivos...




Passeiam-se e comem em verdes pastos....







Bem se vê, que são de raça portuguesa e foram bem ensinados "nas artes de bem cavalgar"...
Almofadas lindíssimas que parecem dizer:
 "levem-me para casa, para enfeitar os vosssos sofás"....
Quando lhe propus divulgar o seu trabalho no meu Blog, parecia uma criança, a rir de satisfação e disse: "você tem com cada uma!...
agora eu na Internet!...
tenho de dizer à minha Zé... ké pra ela ver!...".

Assim tirei fotografias dos seus trabalhos, ao seu cantinho de costura, com os sacos de tecidos que vai arranjando, ou seja, que a sua cunhada lhe vai mandando, de sobras da costura que ela faz.

No seu "casão" tem a sua oficina montada...
as portas abertas para quem a quer visitar...

A sua caixa de costura




O seu cantinho da costura
Sempre que se encontra adoentada diz que vai deixar de fazer os "taleguinhos", mas... não é capaz... melhora e lá volta à sua lide, para passar o tempo assim entretida...
 
Na sua poltrona, onde passa horas entretida,
costurando e taguerelando com as vizinhas
ou com alguém que na rua passa...
Uma foto de casamento...
lembranças que ficam para sempre
Outra fotografia, que no seu quarto,
está em lugar de destaque
ela e a filha (em baixo)
relembrando o marido (em cima),

Foi na casa desta senhora que fiquei hospedada, quando vim para o Alentejo, pela primeira vez.

E há algo que gostava de compartilhar com todos. Pois é o seguinte:

Na altura, a água era carregada nuns carrinhos de mão, com uns buracos circulares, onde eram colocadas umas "bilhas" de plástico azul, que carregavam água de um depósito que havia no largo da localidade.

O meu pai, quando viu pela primeira vez, as pessoas com estes carrinhos deu-lhes o nome de "Mercedes"...

As pessoas iam de "Mercedes" à água....

O meu irmão mais novo, por sua vez acrescentou, mais um ar de graça...

Este carrinho, passou então, a ser apelidado entre nós, os elementos da minha família, de "Mercedes de orelhas"...
BONS TEMPOS, ESSES...,       que já não voltam...      ficando somente a recordação....

Mas ainda hoje damos boas gargalhadas...        quando nos lembramos e falamos do assunto............

Agora os "Mercedes de orelhas" ....     já desapareceram da circulação....

Pois agora já há água canalizada....





sábado, 25 de setembro de 2010

As Minhas Férias de Verão

 

Culturas diferentes..., costumes diferentes...., mas sempre agradáveis de partilhar....



Estas diferenças são ricas nos seus saberes e ao mesmo nos mostram que todos somos iguais e diferentes ao mesmo tempo, procuramos sempre conhecer o desconhecido...

 
Os artistas de rua são aqueles que mostram despreocupadamente a sua cultura e riquesa sem se preocuparem de escolher uma sala rica e engalanada...



 Pois que melhor sala se não aquela que a mãe natureza nos oferece no seu explendor tendo como iluminação um dos mais belos astros "a Lua!"...  

Que tantos artistas e poetas inspirou.

E...... as estrelas cintilando constantemente..... e rodeando o artista com o seu explendor....




Que belas caricaturas saiem das mãos deste jovem desconhecido para muitos mas conhecido para aqueles que o rodeiam e admiram o seu trabalho, que a pouco e pouco vai crescendo ali mesmo à frente dos seus olhos.....

domingo, 19 de setembro de 2010

Peregrinação a "FÁTIMA" diocese de Beja

"Fátima" é lugar onde todos se sentem como irmãos no mesmo "elo" de ligação de AMOR, FÉ, PAZ e CONCENTRAÇÃO, num mesmo ideal em comunhão com "DEUS", que nos inspira e ajuda a caminhar e a seguir em frente.

A diocese de Beja caminhou rumo à terra dos três pastorinhos, com alegria e vontade de chegar para participar nas solenidades agendadas para esses dias.











A procissão das velas foi lindíssima, com a participação de várias dioceses, que também nesse dia ali se deslocaram.
Cada diocese tinha uma faixa com a sua respectiva cor. Deste modo quando nos cruzávamos com diocesanos de Beja, mesmo sem os conhecermos dialogávamos um pouco, um simples "olá" ou então um sorriso à guisa de comprimento e reconhecimento de alguém que era do Alentejo.

D. António presidiu à cerimónia.
O padre Hugo de terras alentejanas
a seu lado
 
A MÃE de JESUS saindo de sua casa



  

 No dia seguinte assistimos à missa e procissão do adeus e prometendo bem lá no fundo que iríamos voltar para agradecer as "dádivas" recebidas.
Os lenços brancos ou amarelos, acenam em mãos tremulas de crentes com olhos raiados de lágrimas, com pena de partir e deixar aquele momento de paz que se viveu nos dias, que tão rapidamente passaram.


Panorâmica do recinto no momento da cerimónia realizada no segundo dia de recolhimento. Foram dias bem passados.

E agradecemos às "Irmãs" que tão bem nos receberam.
Foram tão boas hospitaleiras, que para o ano lá estamos de novo a dar trabalho e a cantar os "nossos cantares alentejanos" à Mãe de Jesus.  
De seguida seguem as fotos das ALTAS "individualidades" que foram apanhadas por esta câmara fotográfica:

O Padre Pedro também lá estava
com os seus paroquianos...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...