Ditados Populares

Janeiro frio e molhado
enche a tulha e farta o gado.

Não há luar como o de Janeiro,
nem amor como o primeiro.

Fevereiro, o mais curto mês
e o menos cortês.
Quer no começo quer no fundo,
em Fevereiro vem o Entrudo.

Março marçagão
De manhã Inverno
E à tarde é Verão.
   
Poda em Março,
vindima no regaço.

Quando Março sai ventoso,
sai o Abril chuvoso.

Em Março, tanto durmo
como faço.

Não há mês mais irritado
que o Abril zangado.

O que Abril deixa nado,
Maio deixa-o espigado.

Abril águas mil.

A melhor cepa,
Maio a deita.

Em Maio comem-se as
cerejas ao borralho.

Junho floreiro,
paraíso verdadeiro.
Junho calmoso,
ano formoso.

Quem em Julho trabalha
para si trabalha.

Quem malha em Agosto,
malha com desgosto.

Setembro cara de poucos amigos
e manhã de figos.

Em Setembro planta, colhe e cava,
que é mês para tudo.
Quando o Outono for a  Aveiro,
guarda para Março o palheiro.

Vindima em Outubro,
que S. Martinho to dirá.

Dos santos ao Natal, é bom
chover e melhor nevar.

Dos Santos ao Natal,
Inverno natural.

Pelo Natal, se houver luar,
senta-te ao lar;
se houver escuro
semeia outeiros e tudo.

Ande o frio por onde andar,
no Natal cá vem parar.

Os homens
não se medem aos palmos.

Enquanto há vida
há esperança.

As florestas
são os pulmões da terra.

Na casa onde não há pão
todos ralham
e ninguém tem razão.

Pela boca
morre o peixe.

O sol quando  nasce
 é para  todos.

Não faças   aos outros
o que não queres
que te façam a ti.

Mais vale um pássaro na mão
do que dois a voar.
 Nem tudo o que luz é ouro.

O trabalho é fonte
de todas as riquezas.

Filho és, pai serás;
assim como fizeres
assim acharás.

Mais vale tarde
do que nunca.

Quem boa ou má cama  fizer,
nela se deitará.

Depois da casa roubada,
trancas à porta.

Faz bem
sem olhares a quem.

Grão a  grão,
enche a galinha o papo.

Mais  vale só
do que mal  acompanhado.

Em terra de cegos
quem tem um olho é rei.

Quem gasta mais do que tem,
a pedir vem.

 O que é prometido,
é devido.

Quem muito fala
pouco acerta.

O que arde cura
e o que aperta segura.

Ralham as comadres,
descobrem-se as verdades.

O saber não ocupa lugar.

Quem te avisa teu amigo é.

Roma e Pavia
não se fizeram num dia.

A palavras loucas,
orelhas moucas.

Devagar se vai ao longe.

O invejoso é mau e manhoso.

Homem prevenido
vale por dois.

Quem tem calos
não se meta em apertos.

Quem tem boca
vai a Roma.

Raposa que dorme
não caça galinhas.

Uns, dando, mais enriquecem;
outros, roubando, empobrecem.

Quem tem esperança
sempre alcança.
Do longe se faz  perto.

A verdade  é como o azeite:
vem sempre à tona  d’ água.

Antes a pobreza honrada
do que a riqueza roubada.

Quem vê caras
não vê corações.

Quem tudo quer,
tudo perde.

Mais depressa
se apanha um mentiroso
do que um coxo.

Quem corre por gosto
não cansa.

A preguiça morreu de sede
à beira d’ água.

Quem mal anda, mal acaba.

Quem dá aos pobres
empresta a Deus.

Guarda em moço
acharás em velho.

Amigo  verdadeiro
vale mais do que  dinheiro.

Quem tem unhas
é que toca  viola.
mais vale pouco
do que nada.

Tantas vezes
vai o cântaro à fonte,
Até que lá fica a asa.

Vozes de burro
não chegam ao céu.

Mais vale o vizinho à mão
do que longe o nosso irmão.

Quem ler,
leia para saber.

Mais vale prevenir
do que remediar.

Muito poucos fazem muito.

Quem canta
seus males espanta.

Quem te manda a ti,
      sapateiro tocar rabecão.          

Quem semeia ventos
colhe tempestades.

Fazer bem
sem olhar a quem.

Junta-te aos bons,
 serás como eles.
Junta-te aos maus,
 serás pior que eles.

Filho, que os pais amargura
Jamais, conte com ventura.

Apanha com o cajado
quem se mete
 onde não é chamado.

De livro fechado,
não sai letrado.
         
Guarda o que não presta,
terás o que é preciso.

Para grandes males,
grandes remédios
A mentira só dura
enquanto a verdade não perdura.

No poupar é que está o ganho.

As paredes têm ouvidos.
A fama longe voa
e mais depressa a má,
do que a boa.

Quem faz mal
espere outro tal.

Não há Sábado sem sol,
nem Domingo sem missa,
nem Segunda sem preguiça.

Quem deixa o certo
 pelo incerto
ou é tolo ou pouco esperto.

Amor com amor se paga
e com desdém,
se paga também.

Do trabalho e experiência,
aprendeu o homem a ciência.

Não há onde o filho fique bem
como no colo de sua mãe.

Não tira bom resultado
quem vai onde não é chamado.

Burro que em novo não trabalha
em velho come palha.

Ninguém se ria do mal do vizinho
que o seu pode vir a caminho...

Quem meu filho beija
minha boca adoça.

Cada um sabe de si
e Deus sabe de todos.

Quem quer vai,
quem não quer manda.
Quem conta com panela alheia
fica quase, sempre sem ceia.

Quem conta um conto
aumenta-lhe um ponto.

Não é com vinagre
que se apanham moscas.

Quem o feio ama
bonito lhe parece.

Cada terra  com seu uso,
cada roca com seu fuso.

Água mole em pedra dura
tanto bate até que fura.

Amigo que não presta
e faca que não corta
que se percam...
 pouco importa!

Para bom entendedor
meia palavra basta.

Quem diz o que quer
houve o que não gosta.

Para quem tem fome
não há ruim pão.

Dá Deus nozes
a quem não tem dentes.

Antes quero asno que me leve
que cavalo que me derrube.

Diz-me com quem andas,
dir-te-ei quem és.

Amigo do meu amigo
meu amigo é.

O trabalho do menino, é pouco,
mas quem o não aproveita, é louco.

Guarda que comer,
não guardes que fazer.

Desmanchar e fazer,
tudo é aprender.

Quem muito dorme
pouco aprende.

Quem muitos burros toca,
algum há-de deixar para trás

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