Ambas as imagens lembram os belos magustos feitos na minha região da Beira Baixa.
Grandes fogueiras feitas com "caruma" também conhecida por "agulhas dos pinheiros" aqui no alentejo.
Era colocada uma boa camada de caruma, de seguida as castanhas e outra camada de caruma. Depois era só pegar fogo.
As castanhas eram colocadas, mesmo sem serem retalhadas, porque o mais divertido era ouvi-las estalar no fogo que ardia e a pessoa mais ousada com um pau bem longo ia remexendo, para que o fogo fosse queimando lentamente e se fosse necessário colocava-se mais caruma. Quando alguma castanha estalava todos gritávamos e riamos, numa mistura de medo e alegria da festividade.
Depois das castanhas estarem bem ou mal assadas, pois que assim acontecia a algumas delas.
Vinha o mais divertido, claro que o lume já estava praticamente apagado, e então lá íamos apanhar as castanhas que bem quentinhas eram assopradas para não queimarmos as mãos.
Eram descascadas e comidas. Mas as mãos ficavam bem negras, ou seja, enfarruscadas como nos era habitual dizer, depois era só encontrar alguém descuidado e enfarruscar-lhe a cara.
Tal como a cara destes meninos, que estão tão engraçados e que alegria eles não sentiram ao ficar assim. É claro que havia sempre aqueles que mais esquisitos, não gostavam nada daquela brincadeira... mas para quê tanta fanfarronice se estávamos ali todos para nos divertirmos....
Era um delírio de brincadeiras sãs, divertidas e que davam um gozo sem igual.
Todos se divertiam novos e os mais velhos ainda mais, porque a estes era-lhes permitido beber a famosa jeropiga. Doce e macia que escorregava pelas gargantas, sem se dar conta da quantidade de aguardente que continha à mistura, e os ia tornando ainda mais alegres.
Também acho muito engraçado o vendedor de castanhas que aparece nos meios urbanos é uma tradição que também se não deve deixar perder e o seu pregão de "quentes e boas"... são realmente muito saborosas e no cartuchinho de jornal .... como é tradição..... 
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