sábado, 23 de outubro de 2010

ESCOLA ESCOLINHA...

Encontrei este artigo, nas muitas pesquisas, percorrendo um universo desconhecido...
Pois, este documento, pareceu-me vir de encontro a algo que se passa na nossa sociedade actual...

Reflecti e analisei o seu conteúdo e resolvi divulgá-lo por todos aqueles que também como eu são primeiro que tudo pais, educadores, membros da comunidade e professores...

Temos pano para "mangas", sarna e comichão até dizer chega... e estamos a tempo de mudar???!!!......



Os 3 mitos que destruíram a escola pública
Março 26,2010
por A Ovelha Perdida

Nas últimas décadas a Educação em Portugal tem vindo a trilhar um caminho complicado.
Em 1974, depois de meio século de opressão e de falta de liberdades civis, deu-se a explosão também nas escolas,e com ela o surgimento de uma filosofia embalada pela época revolucionária, que tem sido desgraça do nosso país.
Há essencialmente três conceitos implementados desde então e que contribuíram decisivamente para a presente situação de descalabro na escola pública. São eles:
O primeiro é a escola democrática. Trata-se de um conceito fortemente ideológico. Cavalgando o regime democrático procurou-se fazer da escola pública uma instituição na qual há alergia à palavra, ao conceito e à prática de autoridade.

Assim, acabou-se com qualquer figura de autoridade. Recorde-se que as escolas secundárias antigamente tinham reitores e as primárias directores. Diluíram-se as tarefas executivas em conselhos onde todos mandam e não manda ninguém e deu-se aos alunos um poder que eles não sabem nem estão preparados para usar. Por isso se vê , inúmeras vezes, miúdos de dez anos em manifestações de rua a favor da "educação sexual", e muitos que, perguntados, nem sabem o que estão ali a fazer.

O segundo é a escola inclusiva. Procurou construir-se, também a partir daí, uma sociedade escolar inclusiva, mas à custa de um pretenso igualítarismo social e sem regras mínimas de convivência, de aprendizagem efectiva e de responsabilidade.
Ao sabor da velha teoria do "bom selvagem" foi-se contruíndo uma teia de facilítismo, de falta de exigência, e passou-se uma mensagem aos alunos de que não precisam de se esforçar muito porque ninguém chumba o ano, nem mesmo com a amaioria de negativas.
O que é preciso é que os alunos se mantenham na escola até o mais tarde possível, sobretudo para não estragar as estatísticas que os governos cuidam com tanto carinho. Resultado: a escola tornou-se inclusiva na mediocridade e pouco mais.
O terceiro é a escola como agente de educação exclusivo. Por fim, desenvolveu-se a ideia de que é à escola pública - e portanto ao estado - que compete a educação das crianças e jovens, ignorando-se propositadamente o papel da família, que é vista como "ajudante" circunstancial do trabalho da instituíção escola.
Os pais são chamados a participar nas reuniões a eles destinadas mas nada mais do que isso, continuando a escola de costas voltadas, em muitos casos, para as forças vias da comunidade humana em que se insere, com perda de sinergias daí decorrentes.
Podemos, portanto, concluír que o projecto da escola pública falhou redondamente quando se sabe que tem vindo a perder alunos, consecutivamente, para as privadas, que vão crescendo na mesma medida.
As famílias que o podem fazer, preferem pagar mas dar aos seus filhos uma formação escolar sólida, de forma a melhor os preparar para a vida.
A falta de autoridade e de exigência, fruto do modelo que se estabeleceu nos últimos trinta e cinco anos, resultou numa escola violenta, incapaz de ensinar a aprender e ainda menos a gostar de aprender, uma escola onde os professores não têm prazer de ensinar nem os alunos em aprender e onde os pais não estão descansados.
Segundo Rui Baptista: "(...) meados da década de 70, assistia Portugal à invasão dos liceus públicos por docentes com escassas habilitações aca démicas com a intenção política de lavagem ao cérebro de cabeças juvenis, num ataque ao poder paternal e a princípios morais transmitidos em casa. do dia para a noite, os pais passaram a ser considerados ditadores por tentarem que a liberdade dos filhos se não transforma-se em libertinagem. Depois, seguiu-se um período de euforia sem responsabilidade, em nome de uma sociedade que entoava hinos de louvor às pedagogias do "eduquês" e remetia para as profundezas do inferno o conhecimento cientifico."
No livro de Provérbios, o velho rei Salomão afirma, do alto da sua reconhecida e lendária sabedoria: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele". Ao tornar a escola pública num laboratório experimental de Eduvação, onde pouco se ensina, pouco se espera e nada se exige, o país pode ter hipotecado o seu futuro, durante gerações.
Crónica radiofónica de Brissos Lino, na RTM (rubrica "Fazer Portugal"), em 19/3/2010.

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